sábado, 4 de janeiro de 2014

DOIS ANOS JÁ SE PASSARAM

Parece que foi esta semana, quando recebi aquele telefonema num Sábado a noite, me comunicando da saúde do nosso pai. Que estava na UTI de um Hospital em Recife. No momento do telefonema, eu estava na orla de Juazeiro BA com o meu esposo, quis logo voltar pra minha casa aqui em Petrolina e parti pra Recife. No outro dia cheguei. Como todos os dias havia visita, todos os dias que estive em Recife fui visitar o meu pai juntamente com minha mãe que sempre esteve lá e nunca deixou se quer  de ir um dia visitá-lo ali. 
Fiquei em Recife mais ou menos uns quinze dias, mas o meu pai ficou internado por Dezessete dias. Me lembro que numa Terça Feira, dia 20 de Dezembro de 2011, eu estava me sentindo tão cansada, tão desmotivada e sem forças que falei pra minha mãe dizendo que não iria visitar o meu pai com ela naquele dia. Eu realmente não estava me sentindo bem, e ela me pediu ainda pra ir, mas eu procurei minha irmã pra ir com ela, minha irmã não estava se sentindo bem naquele momento também e me disse que não iria. Falei então com minha filha que também, não podia ir pois ia trabalhar. Sei que procurei por várias pessoas e dando o cartão com passagens pra ir e, não encontrei ninguém.
Foi chegado o momento de ir e eu e minha mãe seguimos para a parada do ônibus e chegamos ao Hospital Getúlio Vargas onde estava internado o meu pai. Quando íamos entrar o porteiro anunciou que a visita acabava dentro de um minuto, isso mesmo! Em um minuto acabava a visita, só tínhamos um minutinho pra correr e olhar o meu pai (A visita naquele dia só seria de meia hora e no horário adiantado, devido alguns procedimentos que iriam fazer). Então, corremos e lá vi de longe a cabeça do meu pai, ele estava deitado de lado, de costas para a entrada. Corremos até ele, falei com ele: "Pai, estamos orando pelo o senhor", ele escutou, mas não me respondeu. Ele não podia falar, devido a gravidade da saúde (o último AVC foi muito forte) mas, sei que ele me ouviu. Então percebi que ele estava ofegante e as maquinas não estavam ligadas. Minha mãe ficou conversando com ele e, eu fui falar com a Enfermeira Chefe. Conversando com ela procurei saber o motivo das maquinas estarem desligadas, pois todas as vezes sempre estavam ligadas e naquele dia não. Ela então me explicou a situação do quado clinico do Sr. João Alves e, nos disse que s medicamentos estavam sendo ministrados todos em horário certos, não havendo nenhuma irregularidade, mas a situação do paciente cada dia se agravava. A medicação fazia efeito no momento que era ministrado e depois o resultado era pior. Então ele já estava com a saúde muito comprometida e, que não havia mais o que fazer porque o  que tinham dado de remédios eram já doses muito fortes e o feito estava sendo breve. Estaria somente aguardando uma outra medicação que estava pra chegar, pra ver se essa teria algum resultado positivo. Esta conversa com a médica durou mais que um minuto e, o porteiro já havia ido lá duas vezes, mas não pode fazer nada conosco porque estávamos conversando com a média. Quando terminamos a conversa com ela, falamos com pai e saímos. Na saída, encontramos com a amiga Ieda Ventura, que só conseguiu nos encontrar quando a visita já havia acabado. Fomo pra parada pegar o ônibus e, no caminho minha irmã me liga pra informar que eu e minha  mãe voltássemos para o HGV, pois recebera um comunicado do mesmo que o nosso pai havia piorado. Entendendo o motivo do nosso retorno, minha mãe pegou o RG dele e levou consigo e fomos mais uma vez ao HGV. Desta vez, com minha filha e meu genro. Chegamos lá, a Assistente Social havia saído e ficamos a espera. Quando ela chegou, nos levou pra sua sala e começou a conversar e depois de várias conversas e observações, ela nos comunicou que o nosso pai havia falecido logo quando saímos. Então o Sr. João Severino Alves (João do Cigarro), veio a falecer as 15:50h do dia 20 de Dezembro do ano 2011. Naquele momento do comunicado, parecia que estávamos sem chão. Choramos, claro. Mas não podíamos ficar prostrados aos prantos, pois tínhamos o que fazer. Fomos ao prédio anexo, necrotério, para conferir e assinar. Assinei e coloquei o Nº do RG dele. Liguei pra o meu filho em RN e alguns parentes e amigos juntamente com minha filha que fez diversas ligações. Neste mesmo dia, a noite, já estávamos com o corpo a ser velado no Cemitério de Casa Amarela. No dia Vinte e Um de Dezembro a tarde, foi o sepultamento do Sr. João Severino Alves, onde tivemos a presença de filhos, genros, netos, bisnetos, irmãos, sobrinhos, parentes e amigos, um dos amigos que ele muito gostava esteve em seu sepultamento que era o Dr. João de Meira Braga (João Braga) e, um outro amigo que fazia muitos anos que não se viam o Dr. Oscar Ribeiro, este esteve em seu velório. Dentre alguns líderes comunitários esteve conosco: Ieda Ventura (minha amiga) e José Moura (Alto Stª Izabel). 
Participação do povo de Deus, representados por várias igrejas, pois todos os nossos familiares somos cristãos. Foi dada a oportunidade para minha fala, depois ao Moura (Alto Stª Izabel) e, voltando a fala pra mim, onde foi lida a Mensagem Amigos Pra Sempre em homenagem ao nosso pai, que nos diz assim: 

"Emoção, eu sei floresce
nestes corações amigos 
Tantas situações vividas
tão preciosas nunca mais se esquece 

Mas perto estaremos, sempre como que nada hoje aconteceu 
Pois o amor brotou sincero e vai nos conservar num só. 


Ser amigos é pra sempre, como eterno é nosso Deus 
Como amigos nós diremos: até breve, não adeus. 
Eu agora vou partir sob a mão do Pai seguir. 
Mas, amigos nada vai nos separar

Com carinho e fé criados pela convivência pura 
Nos encontraremos sempre. 
Na distância só o amor perdura". 

Daí então, está nos braços do Pai Celestial.



*Sei que o meu pai tinha muita vontade de viver, vontade de estar entre nós. Ele lutava pra continuar em nosso convivio, mas não somos eternos. Só a nossa alma é eterna.


Edna Alves.